Qual a relação da Indústria com a ciência brasileira?
A indústria trabalha em parceria com a ciência brasileira. Temos um grande número de cientistas atuando em pesquisas e desenvolvimento em busca de inovação e aperfeiçoamento de produtos e processos. Precisamos estar ativos constantemente para oferecer a melhor experiência para o nosso consumidor.
Além disso, a indústria acredita que a união da ciência e da tecnologia é essencial para os diálogos em torno da formulação de políticas públicas e melhoria da saúde pública, e o ILSI proporciona um ambiente que articula diferentes setores (indústria, academia e governo) para discutir a ciência.
Como, ao longo destes 30 anos, o setor industrial tem contribuído para a evolução do ILSI Brasil?
A participação do setor industrial nas atividades do ILSI contribui com as perspectivas de ciência e tecnologia aplicadas nas discussões sobre temas relevantes para a saúde pública, como nutrição, segurança alimentar, toxicologia e avaliação do risco alimentar. Aliado ao conhecimento de outros setores, como a academia e o governo, muitas ideias são discutidas afim de promover ações para o avanço do conhecimento científico.
Qual o papel do ILSI Brasil, aliada à Indústria, para promover uma discussão eficaz sobre os principais temas científicos de interesse da saúde pública e do meio ambiente?
O ILSI tem uma característica singular que é reunir esforços de cientistas do governo, da indústria e da academia. Essas três perspectivas alinhadas conseguem planejar ações mais eficazes e tomar decisões mais assertivas em prol da saúde e meio ambiente.
Como, na era das Fake News, a ciência brasileira pode ajudar a combater estes tipos de notícias?
A Ciência tem um papel fundamental no combate às Fake News ao esclarecer para a sociedade os fatos com clareza e didática. Desinformação ou disseminação de notícias falsas pode gerar prejuízo à saúde. A atuação da Ciência nesse sentido, promovendo ações efetivas para o bem-estar da população, é muito importante, além de evitar medos e o negacionismo.
Durante a pandemia do novo coronavírus, ficou claro, mais do que nunca, o papel da ciência para a sobrevivência humana. Como a Indústria vê este cenário?
A indústria sempre acreditou na Ciência e faz questão de participar ativamente de fóruns científicos. A Ciência é o caminho para o futuro e o bem-estar da humanidade, e isso ficou ainda mais claro para a sociedade diante da pandemia do coronavírus. A expectativa é que agora a área científica possa ter mais investimentos e seja vista com mais prioridade, para guiar ações de políticas públicas benéficas à saúde da população.
Gostaria de destacar alguma ação específica do ILSI Brasil nos últimos anos que tenha sido de extrema relevância para o setor?
As diferentes ações das Forças Tarefas do ILSI, seja através de eventos ou publicações, são importantes para o setor pois disseminam informações confiáveis, providas pelos profissionais de maior reconhecimento em suas áreas de atuação.
Destaco as ações realizadas nos últimos anos referentes à temas de grande relevância para o setor e que serviram de subsídios científicos importantes para a tomada de decisão dos órgãos regulatórios, como por exemplo o trabalho da Força Tarefa de Funcionais com probióticos, além das iniciativas de edulcorantes e microbiologia pela Força Tarefa de Food Safety.
Também ressalto as ações realizadas pela FT de Estilos de Vida Saudáveis sobre a relação dos alimentos industrializados com saúde e sustentabilidade, e as realizadas pela FT de Biotecnologia sobre Organismos Geneticamente Modificados. Todos foram de extrema importância para reforçar e multiplicar a ciência por detrás desses temas, que muitas vezes recebem críticas sem fundamentos.
Nos passe, por favor, um mini currículo com seu, falando de sua trajetória e sua ligação com o ILSI Brasil ao longo destes anos.
Engenheira de alimentos, com especialização em gestão de negócios, Taiana possui 12 anos de experiência em Assuntos Científicos e Regulatórios. Ao longo desses anos, participou das atividades do ILSI Brasil representando 2 empresas. Atualmente é responsável por Assuntos Científicos na Mondelēz Brasil, diretora do ILSI Brasil e membro das Forças-Tarefas de Food Safety, Estilo de Vida Saudáveis e Biotecnologia.