Webinar: Covid-19

Por que a pandemia contemporânea é diferente e quais pressões ela traz para a alimentação e a ciência
São Paulo, Brasil
06/07/2020
14:00 – 15:30

Covid-19 desafiou a ciência e o mundo em 2020

ILSI Brasil empenhou-se em esclarecer dúvidas sobre o novo coronavírus e a pandemia que matou mais de 1,5 milhões de pessoas mundialmente

O ano de 2020 ficará marcado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Todos os setores, principalmente o científico, têm se dedicado de forma intensa para contenção da propagação do vírus, bem como na atenuação dos prejuízos e consequências causados pela contaminação da Covid-19. A prática do distanciamento social, instaurado em diversos países, por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), alterou a forma como todos lidam com suas rotinas.

De acordo com o Ministério da Saúde, os primeiros vírus da família coronavírus foram identificados em meados da década de 1960. O novo coronavírus é uma variação dessa família, que causa a doença que foi chamada Covid-19. Este nome foi dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 11 de fevereiro deste ano, após o surgimento dos primeiros casos na China, que foram apontados inicialmente como uma pneumonia. A Tailândia foi o primeiro país, após a China, a detectar casos de infecção, que logo chegou ao continente americano, mais precisamente, aos Estados Unidos da América (EUA). Assim, começou a política de isolamento social no primeiro foco, a China. Ao final de janeiro, a Europa registrou seus primeiros casos, que acarretaram um surto, tendo como epicentro da doença a Itália. Hoje, o mundo já soma mais de 1,5 milhões de mortos registrados pela doença, segundo a OMS.

O Brasil, que possui 211,8 milhões de habitantes, em dezembro deste ano, chegou à marca de mais de 1,5 milhões de infectados pelo novo coronavírus, registrando, segundo o consórcio de veículos de imprensa, mais de 170 mil mortos pela doença, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a Universidade Johns Hopkins.

A ciência tem papel fundamental no processo de conter o avanço destes números. Pesquisas científicas aliadas à comunicação têm buscado formas de conter a propagação da doença, enquanto grupos de pesquisa de todo o mundo trabalham de forma conjunta e incansavelmente na busca por uma vacina. Nunca foi tão importante valorizar a ciência como agora, uma vez que esta é a única fonte realmente confiável na corrida contra o tempo para salvar vidas.

O trabalho do International Life Sciences Institute (ILSI) Brasil também precisou se reinventar diante deste cenário. Promover o conhecimento científico segue sendo o principal objetivo do Instituto, que realizou uma série de webinars institucionais por meio de suas Forças-Tarefas, visando informar sobre temas relevantes que envolveram não apenas a pandemia da Covid-19, mas também sobre nutrição, biotecnologia e meio ambiente. Todos os webinars estão disponíveis no canal do ILSI Brasil YouTube.

Uma das lives de maior relevância, realizada pelo ILSI Brasil, mostrou um panorama do novo coronavírus e os desafios da ciência diante da pandemia. O webinar “Covid-19: Porque a pandemia contemporânea é diferente e quais pressões ela traz para a alimentação e a ciência” foi realizado no dia 06 de julho, com coordenação da Dra. Deise Capalbo (Embrapa), Engenheira de Alimentos e Coordenadora Científica da Força-Tarefa Biotecnologia, e Fernanda Martins (Unilever), Nutricionista e Bióloga.
Os palestrantes convidados abordaram os principais pontos já descobertos até então sobre o vírus, segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS). O evento contou com a presença da Dra. Natalia Pasternak, Bióloga, Pesquisadora e Presidente do Instituto Questão de Ciência; Dra. Heloisa Guarita, Nutricionista e CEO da RGNutri; e Dr. Sergio Paulo, Médico, Membro Titular da Academia Nacional de Medicina e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Para conferir o webinar completo, acesse: https://bit.ly/3qHRR4Z

Hoje, sabe-se muito mais sobre o vírus, mas um aspecto importante já havia sido comprovado na época do webinar: o novo coronavírus não é transmitido pelos alimentos. Por não ser um ser vivo, ele não é capaz de se multiplicar nos alimentos, como fazem as bactérias. Afinal, os vírus precisam infectar células para se replicar. O alimento ou sua embalagem são apenas veículos, ou seja, podem ter a superfície contaminada caso tenham sido manipulados por alguém com a doença assim como uma maçaneta de porta ou qualquer outro objeto, de acordo com a pesquisa do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), que contou com a participação da Diretora do ILSI Brasil Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco. Leia o estudo completo aqui: https://bit.ly/3oM1PAe

Em 2021, muitos ainda serão os desafios a serem enfrentados pela ciência, especificamente com relação à Covid-19, em relação à fase de testes, principalmente no que diz respeito à segurança e eficácia, para posterior distribuição de vacinas para a população, e no combate à fake news. O conhecimento científico, seguirá sendo a engrenagem que permite ampliar o conhecimento sobre o mundo e a vida, essencial em tempos como este, quando é preciso, assim como em outras pandemias, epidemias e endemias, desvendar e enfrentar o que parece não ter solução.